O mercado de criptomoedas é sem dúvida o de maior crescimento dos últimos 2 anos. De 2020 até agora, centenas de moedas tiveram um crescimento impressionante, com algumas chegando a crescer mais de 50 mil porcento. O Bitcoin, criptomoeda mais antiga e considerada a mais segura, devido seu modelo de consenso baseado em prova de trabalho, que é o emprego de força computacional para manter a segurança da rede e a validação das transações, se mantém como protagonista de uma revolução monetária que estamos vivenciando.
Neste ano de 2022, vemos que além das grandes corporações entrarem no mundo cripto, agora os bancos comerciais, bancos centrais de países pequenos, fundos de pensão e muitas outras organizações com diferentes interesses começam a dar seus primeiros passos dentro das criptomoedas. Devido a guerra na Ucrânia, o problema da inflação global persiste e parece que ainda não chegou no seu pior momento, surpreendendo os economistas de todo o mundo com dados cada vez mais altos nas métricas de avaliação dos preços.
Os juros básicos das economias por sua vez, continuam baixos, estimulativos, pois as economias já não estavam bem mesmo antes da pandemia começar. Com a inflação alta (7.5% na zona do Euro e nos EUA 7.9%, anualizada com os dados de março de 2022) e os juros muito baixos, fica difícil para o cidadão dos países desenvolvidos rentabilizar seu patrimônio acima da inflação para conseguir proteger seu poder de compra. A bolsa de valores, o mercado de ações, já é um destino certo para boa parte do capital das pessoas, então pensando em diversificação, o mercado cripto se torna cada vez mais uma boa alternativa para essas pessoas e elas continuarão a entrar no mercado ao longo do ano à medida que a inflação vai se intensificando nos números divulgados.
O outro fator é interno ao mercado de criptomoedas, trata-se das stablecoins algorítmicas. Essas moedas, como por exemplo: DAI, cUSD, UST e outras, são moedas pareadas ao dólar americano, mas também existem outras pareadas ao real brasileiro e ao Euro por exemplo. Muitas outras devem surgir em breve espelhando o preço de uma moeda fiduciária. O lastro dessas moedas é baseado em uma reserva mantida pela fundação que criou a stablecoin, sendo constituída por outras criptomoedas, como o Bitcoin, Ethereum e a própria moeda nativa da blockchain a qual essa stablecoin pertence, como LUNA e CELO por exemplo.
O raciocínio é que à medida que a demanda por ativos estáveis cresce, mais Bitcoin precisa ser comprado para compor as reservas e mantidos em Hold (longo prazo), criando uma escassez ainda maior do que o BTC já possui. Além disso, uma tendência de alta no bitcoin sempre fez com que o mercado de altcoins (moedas alternativas ao bitcoin) tivesse um ciclo de alta ainda maior, já que a maioria dessas moedas tem um baixo marketcap (capitalização de mercado) e se beneficia do otimismo quando o a maior criptomoeda do mercado está em ascensão.
Portanto, inflação alta no mundo e demanda aumentando para ativos estáveis para meios de pagamento, podem impulsionar o preço do bitcoin de forma consistente em 2022 e o fator guerra deste ano pode potencializar o crescimento do número de usuários do mercado, principalmente entre a população mais afetada por decisões autoritárias do governo, tanto na Ucrânia como na Rússia.
Para completar o raciocínio, o aumento de juros que veremos esse ano, principalmente dos EUA, pode não impactar mais tanto como o imaginado no mercado cripto, uma vez que entre 6 a 7 altas de 0,25% já estão precificados no mercado e somente se houver uma mudança no tamanho da alta ou no número de altas é que o mercado voltará a rever o cenário.
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